quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Fábrica de gelo é interditada por poluição sonora

Fábrica de gelo é interditada por poluição sonoraA pedido do Ministério Público Estadual, uma determinação da Justiça fechou a maior fábrica de gelo de Santarém. A fábrica abastecia 80% dos pescadores da região, e, por conta disso, o representante da colônia de pescadores, Z 20, Antônio Pinto, afirma que a decisão está prejudicando o seguimento. “Ela (a fábrica) atende outros municípios, pescadores de outros lugares que abastecem sua embarcação pesqueira aqui e saem para pescar. Isso está dificultando os pescadores na captura e armazenamento do peixe, para chegar até a indústria”, revela.

Os residentes do entorno da fábrica fizeram um abaixo assinado para denunciar a fábrica de provocar poluição sonora. O dono da empresa, Fabrício Plack, garante que não foi procurado pelos moradores e explica o motivo do barulho. “Tudo originou por conta do nosso grupo gerador de emergência. Ele é um item de segurança na fábrica de gelo, como deveria ser em todas as fábricas. A gente não tem uma energia confiável em Santarém, tem oscilação, queda de energia, variação de freqüência”. Para ele, é imprescindível o uso do equipamento. “Tem dia que a gente paralisa a produção três ou quatro vezes ao dia. Isso demanda tempo, espaço e mão de obra. Sem o grupo gerador é impossível trabalhar em Santarém”, assegura.

Segundo informações da assessoria de comunicação do Ministério Público, após inúmeras reclamações feitas pelos moradores da proximidade da fábrica, a promotora do órgão, Lilian Braga abriu procedimento que detectou problemas no funcionamento da fábrica. Além da poluição sonora, foram encontradas algumas irregularidades no funcionamento da empresa.

Com informações de Armando Carvalho ( NoTapajós )

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