quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Cuiabá-Santarém

Com informações do Diário de Cuiabá:

Mato Grosso e Pará tem motivo para comemoração conjunta: o presidente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Luiz Antônio Pagot, ratificou o compromisso do governo federal em inaugurar a ligação asfáltica da BR-163, a rodovia Cuiabá-Santarém (1.770 km) em dezembro deste ano, conforme cronograma da obra.

O compromisso de Pagot foi manifestado nesta semana durante reunião com diretores das construtoras que executam a pavimentação no Pará, onde o Ministério dos Transportes investe R$ 1 bilhão na Cuiabá-Santarém e em seu trecho coincidente com a BR-230, a Rodovia Transamazônica, no trecho de 120 km entre Campo Verde e Rurópolis.

O anúncio feito por Pagot era esperado há mais de 30 anos nos dois estados cruzados pela Cuiabá-Santarém, que foi implantada no começo da década de 1970 e que 15 anos depois recebeu pavimentação no governo do presidente João Figueiredo, entre Cuiabá e Nova Santa Helena.

A Cuiabá-Santarém é corredor de integração nacional e seu projeto nasceu no governo do presidente Juscelino Kubitscheck. Ela é parte de uma grande rodovia longitudinal que interliga o Rio Grande do Sul ao Pará cruzando Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.

Em dezembro, quando a pavimentação unir o centro geodésico da América do Sul ao Marco Zero à margem do rio Tapajós, em Santarém, o Brasil virará uma das páginas de seu gargalo estrutural. Com essa rodovia o país estará mais próximo do desenvolvimento, porque a Cuiabá-Santarém mais que um grande rasgo na Amazônia é fator de integração, de abertura de mercados vocacionais e a melhor rota para o multimodal de transporte São Paulo-Zona Franca de Manaus.

A conclusão da Cuiabá-Santarém acontecerá quase que simultaneamente ao término da obra da Ferrovia Senador Vicente Vuolo, entre Alto Araguaia e Rondonópolis. Quando o trem percorrer esse trecho, Mato Grosso oferecerá mais 250 km de linha férrea ao multimodal de transporte de São Paulo a Manaus. Essa ligação será muito favorecida com o asfalto chegando a Santarém. Essas duas obras aquecerão a economia do setor de transporte em Mato Grosso.

Tomara que fatores climáticos ancorados pelas intensas chuvas amazônicas não impeçam o cumprimento do cronograma para a conclusão da obra e que dentro do prazo a Cuiabá-Santarém seja definitivamente entregue aos seus usuários e aos moradores em seu eixo de influência.

Quando a história da construção da Cuiabá-Santarém for escrita suas páginas contarão a saga de militares e civis do 9º Batalhão de Engenharia de Construção (9ºBEC) de Cuiabá e do 8º BEC de Santarém. Falarão de diretores e funcionários das empresas que participaram de sua construção e que ao longo do tempo cuidaram de sua manutenção. Citarão a diretoria e servidores do DNIT. Nesse contexto haverá espaço especial para Pagot, não somente pela obra em si, mas principalmente pela habilidade por ele demonstrada para afastar com sutileza as absurdas barreiras criadas em nome de inconfessáveis manobras por razões que fogem aos interesses nacionais.

“O anúncio feito por Pagot era esperado há mais de 30 anos nos dois estados “

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