A InterCement, do Grupo Camargo Corrêa, está finalizando um estudo viabilidade sobre o novo local onde será instalada uma fábrica de cimentos que atenderá a demanda da Região Norte com investimento previsto de R$ 800 milhões. Terrenos em Manaus e Santarém já foram adquiridos e os licenciamentos ambientais devem ser sair ainda este ano.
Manaus x Santarém
A empresa opera hoje 39 fábricas espalhadas pelo mundo, sendo que 16 estão localizadas no Brasil. Nesta primeira fase, o cimento que já está sendo comercializado na região com a marca Cauê, vem de uma unidade da própria empresa em Portugal. A importação nesse primeiro momento se justifica pois uma fábrica leva em média 3 anos para entrar em operação.
Os desafios logísticos são superados com o transporte para Manaus e Santarém por meio de navegação marítima e fluvial. Marco Zangari, diretor da empresa, comenta que esse mercado crescente ao lado de incentivos para as indústrias no Amazonas são pontos fortes de Manaus para vencer a disputa com Santarém pela fábrica.
No entanto comenta há muitas dificuldades logísticas que prejudicam a cidade na disputa com Santarém. "Vamos associar a análise de mercado, as origens dos insumos e as questões de transporte para determinar onde será implantada a fábrica" conta.
Uma das matérias primas utilizadas na produção de cimento é o calcário, que possui jazida no estado do Amazonas, próximo à divisa com o Pará. Porém, a distância para Santarém e Manaus equilibra as coisas. "Quanto a isso é praticamente indiferente, as distâncias são quase as mesmas e os outros insumos também virão de fora e entrarão pelo rio, chegando primeiro a Santarém", comenta.
A fábrica a ser instalada na Região Norte terá capacidade de produção de 900 mil toneladas por ano. O cimento hoje é o maior negócio do grupo. Com uma receita de aproximadamente R$ 7 bilhões em 2012, representando 30% de todo faturamento do Grupo. "O mercado hoje é mais demandado do que ofertado, por isso há iniciativas de algumas pessoas de trazerem o cimento de fora e que podem não estar nas normas. Se de fato houver produto irregular também apoiamos que seja contido, em defesa do consumidor. Temos que competir nas mesmas regras", comentou.
Informações: Portal Amazônia
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