segunda-feira, 16 de abril de 2012

Santarém na mira das indústrias da Zona Franca de Manaus




Não é de hoje que o município de Santarém, no Pará, está na mira das indústrias da Zona Franca de Manaus, seja como sede de um entreposto, seja como rota de escoamento da produção.

Já existe um protocolo de intenções firmado entre os Governos do Amazonas e do Pará, o que não significa garantia de que o projeto sairá do papel. Mesmo que não se justifique a instalação de um entreposto na cidade paraense, sua posição estratégica a coloca como ideal para operar como “cidade dormitório” - ponto de carga para carretas que seguiriam para Cuiabá com as mercadorias da Zona Franca.

O motivo é óbvio: a cidade está na metade do caminho até Belém e conta com uma rodovia federal - a BR-163 -  que a conecta com Cuiabá, no Mato Grosso. Uma das rotas de distribuição mais utilizada hoje é o transporte por balsa até a capital Belém, de onde a carga desce, por cabotagem ou por rodovia, até os centros consumidores no Sul/Sudeste do País.

Estudo da Federação das Empresas de Transportes de Cargas da Amazônia (Fetramaz) mostra que o uso da BR-163 poderia reduzir em dois dias o tempo de transporte de cargas da Zona Franca ao Sudeste. Atualmente, a rodovia encontra-se em processo de pavimentação e reconstrução de trechos críticos, um trabalho que deve tomar pelo menos mais dois anos. Exatamente o tempo de maturação de um projeto como o de entrepostos.

Cidade dormitório

 A prefeitura municipal tem todo o interesse em receber o empreendimento, tendo em vista a arrecadação de ISS referente ao transporte. A Secretaria de Estado da Fazenda do Amazonas (Sefaz/AM) também vê a opção com otimismo.

“Com essa estrada totalmente trafegável, o negócio muda muito. Estudos demonstram que ali seria um local estratégico para indústrias”, diz o secretário da Fazenda do Amazonas, Isper Abrahim.

Fonte: A Crítica

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