Chegou ao fim, no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o julgamento da
prefeita de Santarém, Maria do Carmo Martins (PT). A decisão dos juízes, por
unanimidade, foi cassar o diploma da prefeita e do seu vice, José Antônio Rocha
(PMDB). Mas, a outra decisão foi manter Maria do Carmo e José Rocha no cargo
até o processo chegar na etapa de 'trânsito em julgado', quando não se pode
mais recorrer da decisão, seja porque já passou por todos os recursos
possíveis, seja porque o prazo para recorrer terminou.
A prefeita foi acusada de abuso de poder político, de autoridade e
compra de votos na campanha eleitoral de 2008, em Santarém, quando ela foi
reeleita. As acusações são da coligação adversária, liderada pelo Partido
Democratas (DEM). Santarém é o maior e mais importante município do Oeste
paraense, com mais de 300 mil habitantes e 195 mil eleitores.
De acordo com as informações da Assessoria de Comunicação do TRE, o caso
foi julgado em itens. Sobre o 3º e 4º itens, que tratavam sobre a cassação do
diploma da prefeita, houve unanimidade na decisão de cassação.
Maria do Carmo só poderá ser afastada do cargo quando o processo de
cassação, após todos os recursos, chegar a instância do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE). "Pelo que conhecemos do TSE, que está em recesso até o
mês de agosto e quando voltar deve dar prioridade para casos maiores, como o
mensalão, a decisão sobre o destino da prefeita só deve ser decidido quando o
seu mandato já tiver acabado", explicou a assessoria do TRE.
Caso seja condenada pelo TSE, Maria do Carmo poderá ficar
inelegível por oito anos.
Advogados
esclarecem sobre decisão do TRE
Assim que a
decisão de hoje for publicada, os advogados da Prefeita recorrerão ao TSE,
enquanto isso ela permanecerá no cargo. “Acreditamos que em instância superior
essa decisão será reformada. Primeiro, porque o Recurso contra o Diploma foi
baseado em processos judiciais já anulados pelo próprio TRE. Segundo, porque
não acreditamos nas irregularidades apontadas. Sobre as propagandas
antecipadas já houve pagamento de multas e não se tratava de ‘doação de lotes’,
mas de execução de um programa de governo de regularização fundiária aos
moradores da cidade, através do Programa Morar Bem em Santarém”,
esclareceu Isaac Lisboa, Procurador Jurídico da Prefeitura.
Walmir Brelaz,
advogado da Prefeita, complementa. “Trata-se de mais uma tentativa do DEM de
retirar o mandato da Prefeita Maria do Carmo, que foi democraticamente eleita
pelo povo com mais de 77 mil votos. Na primeira tentativa, o Supremo Tribunal
Federal reconheceu esse direito. Neste processo, estamos crentes que o TSE vai
reformar a decisão de hoje”, enfatizou.
Fonte: DOL e O Impacto
Nenhum comentário:
Postar um comentário